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Mas como até aqui, mais para servir de repositório ao que sobra ou não cabe tão folgado em Da minha & doutras áreas, do que tentado a ser blog concorrente e competitivo. A retaguarda é onde aquimetem vai continuar a pontificar ao correr da p
Já lá vão 44 anos, parece que foi ontem ! Era Verão, trabalhava na Rua da Junqueira, em Lisboa, quando, certo dia, ao sair do trabalho, por volta das 20h00, me encontrei, à saída da porta, com um amigo que apenas sabia ser estudante de Direito, e ele a mim conhecia como ilusionista amador, por não sindicalizado.
Começamos na conversa à volta da arte de ilusionar os sentidos, e logo me apercebi que o interesse principal do futuro advogado era que eu lhe explicasse certos "segredos" que mais o intrigavam, mas que por norma o mágico não deve revelar. Nos ambientes de magia até se costuma dizer : quem sabe faz e quem não sabe ensina. Aconteceu que ao ver tanto interesse do jovem pela arte, e da sua insistência em querer perceber certos detalhes que revelavam alguma aproximação com a técnica de executar os "números", me vi tentado a desmontar o seu raciocínio, explicando tudo..., mas só para o baralhar, ainda mais. Sem nada ter explicado, passou-se a noite sem se dar por isso.
Às tantas, ouviu-se uma sirene tocar ! Era a das Oficinas Gerais do Material de Engenharia, alertando que eram 7h30! Faltava meia hora para os funcionários iniciarem a sua laboração. Como que nada de anormal se tivesse passado, - mas passou ! uma noite sem dormir ! - comentei: será que já são 7h30 da manhã? - Ele, olhando para o seu relógio de pulso, respondeu: - não, são oito menos um quarto, o das Oficinas está atrasado. E sem jantar, nem dormir, lá fomos cada um para o nosso trabalho quotidiano. Ah, ao despedir-se ainda se saiu com esta: Dou-lhe os meus parabéns, porque o Jaucop é mesmo um ilusionista a sério, esteve aqui este tempo todo a ensinar-me... aquilo que nenhum ilusionista é capaz de fazer. E já agora, vou-lhe dizer: eu também sou ilusionista amador e sócio da API.
- Ficamos ainda mais amigos, e desta "noitada", passadas que são mais de quatro décadas, tiramos partido para dialogar durante um encontro que em 2005 tivemos na cidade do Funchal, onde o Dr. Pegado é conceituado advogado.
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