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Mas como até aqui, mais para servir de repositório ao que sobra ou não cabe tão folgado em Da minha & doutras áreas, do que tentado a ser blog concorrente e competitivo. A retaguarda é onde aquimetem vai continuar a pontificar ao correr da p
Neste último fim-de-semana estive na terra-berço do missionário timorense Frei Jerónimo, aquela personagem típica que Joaquim Paço d'Arcos tão bem retrata e realça no seu livro de novelas: " Amores e Viagens de Pedro Manuel". Fui visitar familiares e amigos, e também adquirir um DVD com os costumes e tradições desta simpática localidade, lançado com muito êxito, no passado dia 4, pelo Rancho Folclórico do Grupo Alegre e Unido da Bajouca-Leiria . Foi um fim-de-semana muito tempestuoso, mas porque com um dia santo pelo meio ( Corpo de Deus) e um feriado em Lisboa (dia de Santo António) nem por isso deixou de ser uma semana convidativa a um folgar de costas e que os portugueses muito bem sabem aproveitar para transformar em pontes sem arcos nem pilares.
Graças ao 25 de Abril, a democracia deu nisto: antipatriotismo, arrogância, corrupção, criminalidade, desemprego, desrespeito por tudo e por todos, injustiça social, etc., etc. Não foi isso o que preconizaram os Capitães de Abril, dai alguns militares, já na reserva, ao sentirem, como a maioria dos concidadãos, os seus direitos adquiridos a ser lesados, terem ontem decidido participar numa vigília contra o Governo, junto à porta da residência oficial do primeiro-ministro. Valhamos ao menos o desafogo com que em terras de Santa Maria vive a Igreja Universal do Reino de Deus, que indiferente a dificuldades e carências sociais, morais e espirituais, lá vai arranjando os dízimos de que precisa para aumentar o seu património, como é lógico à custa dos papalvos. Desta vez, segundo os telejornais desta tarde, é o alfacinha Café Império que está na calha. Mas neste caso a culpa não é dos políticos, mas dos crendeiros sem verdadeiro Credo.
Mais um post só para dizer que ainda não acabei de acertar as agulhas no que respeita ao culto de NS da Graça na região que envolve os concelhos de Ansião , Figueiró do Vinhos e... Pedrógão Grande. Como estamos no mês de Maria vou ver se com a ajuda d'Ela acerto com todos os locais e respectivos concelhos. Nodeirinho - Pedrógão Grande já é uma referência que me permitiu localizar o jornal A VOZ DA GRAÇA e creio que descobrir um lugar da paróquia e freguesia da Graça. Havemos de confirmar.
Este fim-de-semana, que também é fim de mês, não me ofereceu motivos fortes para constarem neste post . Até os jornais de província que habitualmente costumo receber semanalmente me não chegaram desta vez à mão, na devida altura. Isto porque os carteiros na passada sexta-feira decidiram fazer greve, adiando as entregas lá para a próxima 3ª-feira se calhar, pois que amanhã é o 1º de Maio. Dia de São José Operário. Todos temos direito a protestar, mas a descansar só quem trabalha. Bom feriado !
Quando com mais vagar visito uma terra ou região que até então desconhecia, não me canso de a seguir falar do que à cerca dela recolhi in loco e me dá mais gosto divulgar .Por norma costumo privilegiar a história local que o mesmo é dizer tudo quanto envolva trabalhos monográficos e biográficos, ou na falta destes, os simples desdobráveis que as regiões de turismo habiualmente distribuem. Mas nem destes aqui tive ocasião de encontrar. Se me tivesse socorrido desse expediente por certo que estaria muito mais bem informado à volta da história de Ansião e das terras vizinhas que rodeiam este concelho do distrito de Leiria e diocese de Coimbra, evitando andar aqui a fazer história aos bochechos... Saberia certamente que a freguesia de Aguda, sendo do mesmo arciprestado já não é do mesmo concelho de Ansião , mas de Figueiró. Assim como teria conhecimento antecipado de que Figueiró dos Vinhos também tinha o seu respectivo arciprestado , e dentro do qual NS da Graça é padroeira das paróquias da Arega , Campelo e Graça. O pároco de Arega é o mesmo de Maçãs de D. Maria, padre Manuel Francisco da Silva; o de Campelo e Graça é o arcipreste e pároco de São João Baptista de Figueiró dos Vinhos, padre António Mendes Nunes. Terra, como poucas, de povo mariano, esta!
Sempre que regresso dum passeio e calhe de encontrar qualquer planta que me agrade por regra procuro trazê-la comigo para recordação. E até já tenho tentado prolongar a duração dessas "recordações" plantando e conservando as plantas em vasos ou canteiros, mas quase sempre sem êxito. Não tenho jeito para jardineiro. Isto só para dizer que do recente passeio que dei por terras de Ansião , trouxe de Torre de Vale de Todos um ramo de erva cidreira, planta medicinal que sinceramente há mais de 50 anos deixei de ver. Plantei-a num quintal do litoral leiriense, vamos a ver se pega.
Todos babados, os pais da Ângela festejaram no passado fim-de-semana, com pompa e circunstância, o 1º aniversário da sua risonha filhota. E como tio desse simpático casal bajouquense fui convidado a também partilhar da alegria desses pais babados, parentes e amigos que graças à Ângela se reuniram no Vale da Bajouca . Mas sorte ainda maior me estava reservada para o dia seguinte, dia 23, 2º Domingo de Pascoa : ir almoçar a uma familiar e acolhedora casa de campo, há pouco acabada de restaurar nas serranas fraldas de Sicô e Ansião . Ao cabo de 40 km de viagem, e depois de atravessar Pombal, passar ao lado da vila de Ansião em direcção à Venda do Brasil, fui dar comigo numa bucólica aldeiazinha que tem e dá o nome à freguesia de Torre de Vale de Todos. No fim do repasto, com os demais comensais subimos até ao topo da Rua da Torre de Baixo, para no Café Central, único do lugar, tomar a bica, e após isso, uns passos mais acima, fazer uma visita à igreja paroquial, cuja padroeira vim a saber é N.S .da Graça. Desde há muitos anos que sabia ser N.S . da Graça cultuada em terras de Ansião , mas ignorava em que local do concelho esse culto era festejado e que por casualidade vim descortinar ser precisamente aqui na terra do Comendador Guilherme da Silva Dias, benemérito que tem uma rua com seu nome e um busto em sua homenagem e de sua esposa, D. Joaquina dos Santos Silva Dias, que em 1981 a freguesia de Torre de Vale de Todos prestou a este casal de conterrâneos que no Brasil fez fortuna. Para mim que de perto Senhora da Graça só conhecia a minha, a de Vilar de Ferreiros, no Monte Farinha, foi uma alegria redobrada, mas por certo também o deve ter sido para as três irmãs ratas da Bajouca , a Maria Emília, a Beatriz e a Maria da Saudade, sobretudo pela caridosa visita que fizeram à Srª D. Margarida Santos Lopes Costa que com os 94 anos de idade, e os dentes ainda todos é um poço de sabedoria popular onde os estudiosos da região deviam ir beber antes que o poço seque... Gostei, como também gostei de ouvir a D. Helena, que nos abriu a porta da igreja, a falar com mais ciência de cabras e ovelhas, do que do mariano templo que tem na fachada a data de 1749. Ao Virgílio e Sâozita que ofertaram a casa e ao Leonel e Isabel que me transportaram, um abração com um convite para que leiam este meu post de fim-de-nemana no blog aocorrerdapena .
Não sei se teriam sido muitas as velas que em memória dos Judeus, que Lisboa martirizou há 500 anos, foram ontem acesas na baixa lisboeta; como também ninguém sabe ao certo o número de vítimas que resultou do histórico massacre. Foram por certo bem menos as velas do que as vítimas de então. Mas só o facto da comunidade judaica poder livrremente ler ontem a oração pelos seus mortos " Kadish" já revela ter havido uma evidente evolução de mentalidades e de progresso nas relações ecoménicas e tão desejadas pela Igreja Católica. Realmente quem supunha que tal viesse a suceder se bastou ao tempo um pobre judeu convertido, à força, ter tentado explicar o que para muitos parecia tratar-se dum autêntico "milagre", e mais não era que um simples raio de luz solar que se reflectia no rosto de um Cristo crucificado no altar da igreja de São Domingos? Bastou abrir a boca e tentar explicar o porquê do "fenómeno" para que fosse logo morto ali e a seguir a fúria contra os judeus se espalhasse de imediiato a toda a cidade. Dom José Policarpo já aqui há uns 4 ou 5 anos atrás pedio descupa à Comunidade Judaica por este pecado antigo da Cidade de Lisboa. A nobreza do cristão está não só em perdoar como no pedir perdão. E nesta linha lembra o então ainda Cardeal Ratzinges, agora Bento XVI, in INTRODUÇÃO AO CRISTIANISMO, obra que dedica " Àqueles a quem me dirigi em Freising, Bona, Munster e Tubingem" : « É a abertura para o todo e para o infinito que faz com que o ser humano seja humano. O homem é homem porque se ultrapassa infinitamente a si mesmo, e por isso é tanto mais homem quanto menos fica fechado em si, "limitado"»
São as únicas freguesias que com o mesmo nome creio existirem no país. Para as diferenciar apenas os respectivos padroeiros e a zona em que estão situadas. São Lourenço de Carnide é uma freguesia e paróquia de remota origem que já fez parte do extinto concelho de Santa Maria de Belém, sendo depois integrada na área urbana de cidade de Lisboa. Outra freguesia e paróquia com o citado topónimo é Santo Elias de Carnide, e cuja área territorial foi desanexada da freguesia de Santa Maria de Vermoil, concelho de Pombal, em 1 Julho de 1952. Foi nesta freguesia que se comemorou este ano o Dia Nacional das Caritas, para assinalar o apoio que a mesma instituição prestou às vítimas do incêndio florestal que no último Verão martirizou a população daquela localidade, e que neste fim-de-semana visitei e vi um sacerdote polaco ( o padre Jorge) a colaborar com o pároco local na tradicional visita pascal a todas as casa e lugares da freguesia. Deste topónimo diz o arabista frei João de Sousa ser derivado de carniet, que significa unir, juntar. Mas há sérias dúvidas quanto ao verdadeiro significado de Carnide ou Carnidi, como se por exemplo não derivará do vocábulo carni, orum , com que se designava um ramo do povo gaulês de origem celta que vivia junto aos Alpes, e o sugere António de Sousa Araújo, em O Santuário da Luz. O certo e verdadeiro é que tanto um como outro Carnide, são topónimos que curiosamente já ambos andaram afectos a terras de Santa Maria: de Belém e de Vermoil.
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