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Mas como até aqui, mais para servir de repositório ao que sobra ou não cabe tão folgado em Da minha & doutras áreas, do que tentado a ser blog concorrente e competitivo. A retaguarda é onde aquimetem vai continuar a pontificar ao correr da p
A Procissão do Senhor dos Passos, de Lisboa, é a mais antiga do género e nela está a raiz de todas as demais que se fazem em solo português ou que já tenha estado abrigado à sombra da bandeira das Cinco Quinas. Como o culto a NS da Graça, também esta procissão deve a sua propagação aos frades Agostinhos do Convento da Graça que, em 1587, autorizaram a fundação da Confraria de Vera Cruz e Passos de Cristo, ao pintor Luís Alvares de Andrade. A Confraria tornou-se famosa e ganhou importância na cidade de modo que nos finais do século XVII passou a chamar-se Irmandade da Vera Cruz e Passos de Cristo, e nessa condição institui a realização anual da Procissão do Senhor dos Passos da Graça. Procissão que por norma acontecia no 2º domingo da Quaresma ou na semana a seguir ao Carnaval, geralmente uma 5ª-feira, e saía da Igreja da Graça, onde se encontrava a imagem do Senhor dos Passos, luxuosamente vestida. Fazia o seu trajecto até à Igreja de São Roque, onde pernoitava e onde os devotos tinham a oportunidade de beijar os pés da imagem. No dia seguinte, 6ª feira pela tarde, iam Suas Majestades à igreja de São Roque assistir à missa e orar. Após isso, a Procissão seguia o seu percurso de regresso, pela Rua da Misericórdia, Largo do Chiado, Rua Garrett, Calçada Nova do Carmo até chegar ao Rossio e ao Largo de São Domingos. Daqui passava à Rua do Benformoso, Largo do Terreirinho, Calçada de Santo André, para chegar, já pela noite, à igreja da Graça onde se recolhia.
Actualmente a imagem do Senhor dos Passos é transportada para a igreja de São Roque, não em procissão, e o memo sucede com a imagem de Nossa Senhora da Soledade para a igreja de São Domingos. Ambas se separam do seu solar da Graça por alguns dias para voltarem a juntar-se no momento do "Encontro" que acontece no Largo de São Domingos, e aconteceu no passado domingo, dia 16.
Aguardando a chegada da Procissão que desce do Bairro Alto, o Padre Vítor Gonçalves, prior de Santa Justa e Santa Rufina, com o acólito José Nunes a seu lado, está preparado à porta da sua igreja para no momento do "Encontro" recordar aos circunstantes o significado da cena.
Entretanto o cortejo encabeçado pelo pendão da Real Irmandade da Santa Cruz e Passos da Graça chega ao Lg. de São Domingos
Muitas irmandades, paróquias, instituições e associações religiosas, civis e militares vêm integradas numa Procissão carregada de simbolismo cristão que para o padre Nuno Tavares, pároco da Graça, ao abordar a importância desta evento em tempo de Quaresma na Lisboa de hoje, mereceu este comentário: "Há uma felicidade diferente, que se vê até muito no fim da própria procissão", explica. "Exprimimos aquele que é o conteúdo da nossa fé, perante os outros e até perante nós. É bom sentirmos que estamos a percorrer as ruas da nossa cidade. E os outros não ficam indiferentes de maneira nenhuma".
Integrado vêm também um bom punhado de homens valentes para aguentar com o peso dos andores. O do Senhor dos Passos, desde São Roque até São Domingos; depois de São Domingos à Graça, mais o de Nossa Senhora da Soledade. Como curiosidade li de António Stichini que o trajecto tem a mesma distância da 'Via Crucis' de Jerusalém por determinação do instituidor da procissão, em 1587.
E com uma boa parte do tradicional percurso feito, descendo de São Roque, pelo Largo Trindade Coelho, Rua da Misericórdia, Rua Garrett, Rua do Carmo e Lg. 1º de Dezembro, a Procissão chega ao Largo de São Domingos, um dos pontos altos desta festa, com a cerimónia do Encontro do Senhor dos Passos com sua mãe, Nossa Senhora da Soledade.
O andor do Senhor abranda a marcha e de dentro da igreja sai ao seu encontro o andor de Nossa Senhora. É o Encontro amoroso da Mãe com o Filho.
Este ano presidida pelo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, o cortejo antes de prosseguir ouviu atentamente o que acerca do momento se ofereceu dizer com saber e convicção do Sr. Padre Vítor Gonçalves
O tempo passava e por volta das 17:00h a Procissão deixava o Largo de São Domingos pela Rua D. Antão de Almeida, Travessa Nova de São Domingos, Rua da Palma, Praça do Martim Moniz, Calçada dos Cavaleiros, Calçada de Santo André e finalmente percorrida a distância que separa o Bairro Alto do Bairro da Graça. Da muitidão anónima cada um por si acompanhando a Cruz, com a sua cruz que mais ou menos pesada todos carregamos
O vídeo dá uma breve mostra do momento do Encontro, e ouvir a voz do Padre Vitor Gonçalves
O "Entrudo" já lá vai, e agora entramos na Quaresma; tempo de preparação para a Grande Festa Cristã: a Pascoa da Ressurreição de Senhor. Mas como tempo de Quaresma também é tempo de alegria, vou dar um cheirinho do que foi o corço na capital do barro leiriense.
Como já disse, este ano não assisti a um evento que na Bajouca costumo ver e até já fui figurante algumas vezes. A concentração por norma tem sido na Bajouca Centro, pois ali, além do Adro e do amplo Olival há um Salão Paroquial que no caso de ser preciso abriga e alberga muita gente.
E foi o que sucedeu no passado domingo, dia 02. O corço que este ano tinha sido transferido para o Largo dos 13, e assim quebrar a rotina do sempre no mesmo lugar, não deve ter agradado a Santo Aleixo que combinado com São Pedro, mandou as torneiras abrir. E o nosso João Poeta aproveitou para dar largas à garganta.
Com o tempo desfavorável foi alterado o programa e o desfile acabou por se fazer no Salão, com a Bajouca Centro favorecida por jogar em casa. Até o Fernando Ladeira aproveitou para se desfazer do fumeiro e da rica pinga da sua adega.
Com tema livre e ao gosto e engenho das pessoas e associações bajouquenses, até os tolhidos do reumático que frequentam o ginásio na classe Viver Activo para desengonçar as articulações se esqueceram das maleitas e de palhinhas coloridas aparecem a jogar ao arco. Se lá tivesse ido era neste grupo que alinhava
Com tema livre e ao gosto e engenho dos participantes dos lugares e associações, a Bajouca Centro escolheu o tema "Ali Babá e os Quarenta Ladrões", onde a piada fina não faltou e com pontaria acertada...
Na cena parece haver "Toino"; mas madeira "Afonso" há com certeza. O "Pedro Abrunhosa" não podia faltar e foi um êxito no "Vamos fazer o que ainda não foi feito...."
Para avaliar do engenho e arte dos figurantes houve um júri presidido pelo Sr. Padre Abel que veio propositadamente de Fátima para esse efeito.
No programa da Bajouca Centro constava cada um levar farnel para depois comer no Largo das 13, como ficou sem efeito o programado desfile, nem por isso o farnel deixou de se consumir para satisfação destas caras sorridentes que colaboram na organização.
Terminado o desfile no Salão e depois de dar animação à festa, deixam a folia entregue a quem ficou e foram desmascarar-se ao mesmo sítio donde partiram: à casa da Fernanda do Zé João, que muito bem engravatada de novo os recebeu. E minha gente, carnaval foi ali ! Mas só para convidados. As imagens falam por si.
"Este pequeno volume que aqui se apresenta é de autoria de Costa Pereira, colaborador ininterrupto há cerca de dois anos neste “Tempo Caminhado”.
Nasceu a 6 de Dezembro de 1938, em Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto, onde viveu os primeiros anos, repartidos entre a sua terra e Fermil de Basto.
Pela mão do seu mestre escola, o publicista celoricense José Lopes, inicia a sua caminhada na comunicação social, com um artigo pulicado no extinto Noticias de Basto, em 25 de Julho de 1960. Depois foi um nunca mais acabar, com colaboração nos mais diverso jornais da Imprensa Não Diária: o Noticias de Chaves, Voz de Trás-os-Montes, A Ordem, Terras de Basto, Monte Farinha, Povo de Basto, Ecos de Belém,Noticias do Bombarral, A Voz de Domingo, O Mensageiro, Elo da Bajouca e outros mais, como o boletim do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho - Vilar de Ferreiros, de que foi fundador.
Neste opúsculo sobre o culto graciano, Costa Pereira dá-nos a conhecer várias facetas do mesmo. E uma delas é o da sua expansão por terras onde a Portugalidade rolou a sua curiosidade, como no caso de Benguela (Angola).
A dado passo, o autor deste volume que sairá a público no dia 22 de Fevereiro (pela chancela da Chiado Editora), diz-nos:” ...um blogue que trata de Nª/Sª da Graça em Manteigas, e no qual fui encontrar explicação para a existência do culto graciano em Benguela que tanto prazer e emoção senti ao encontra-lo a quando de uma visita que ainda há pouco tempo fiz aquela cidade angolana”. E a seguir transcreve o texto". Isto, e muito mais, vem relatado no conceituado site que Professor Doutor Armando Palavras superiormente dirige.
Com sinceridade não gosto de fazer alade a produtos da minha lavra...cultivo a meu gosto, para não comprometer, e depois ponho na praça...Por delicadeza ou amizade o produto lá vai sendo consumido. Mas quando tem apreciadores deste nível, o rústico agricultor tem de se sentir orgulhoso. E como neste, também em NetBila, a minha conterrânea Maria da Graça Matos primou na divulgação deste meu opúsculo que a partir do dia 22 de Fevereiro vai aparecer nas Livrarias com a chancela da Chiado Editora. Comentou ela:
"Costa Pereira, um colunista com tarimba que nasceu em Vilar de Ferreiros, Mondim de Basto, onde viveu os primeiros anos, repartidos entre a sua terra e Fermil de Basto.
Por volta dos 14 anos foi para Vila Real onde aprendeu a profissão de barbeiro e nessa profissão trabalhou em terras como VN de Famalicão, Nine, São Mamede do Coronado e Lisboa, onde fixou residência em 1962.
Mercê do seu profissionalismo e comportamento no ambiente de trabalho vários são os louvores oficiais que lhe foram conferidos: e por Portaria de 09 de Março de 1998 foi condecorado com a Medalha de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército, pelo Chefe do Estado-Maior do Exército.
Neste opúsculo sobre o culto graciano, Costa Pereira dá-nos a conhecer várias facetas do mesmo. E uma delas é a de não haver paróquia graciana nas dioceses de Braga, Bragança e Vila Real quando o culto graciano tem ali forte implantação, por isso a certo passo assinala : “Como no caso dos bragantinos e mirandeses, também a Diocese de Vila Real não tem paróquia graciana na área da sua circunscrição, mas em contrapartida tem o mais famoso santuário mariano de Trás-os-Montes e Alto Douro consagrado a Nossa Senhora da Graça.
De Nossa Senhora da Graça - Na Fé dos Mareantes fez referência o autor, dizendo que o título e a devoção não eram termos estranhos a quem nasceu num dos patamares mais sedutores do “Iteiro” da Senhora. De facto fazendo parte do todo que constitui a freguesia de Vilar de Ferreiros, concelho de Mondim de Basto, distrito e diocese de Vila Real, o Monte Farinha ou Senhora da Graça é local privilegiado de terras de Basto, mas também de todo o Norte de Portugal que não tem outro aspecto paisagístico que, como este, pela forma e dimensão se deixe realçar tanto.
Fica assim aqui, um cheirinho do que pode encontrar no volume deste transmontano de Mondim de Basto, que será apresentado ao público no dia 22 de Fevereiro, na Biblioteca de São Lázaro, Rua do Saco, 1, LISBOA".
De 04 de Março a 30 de Abril vamos ter na Cidade Invicta o prazer de ver a arte do consagrado pintor António Carmo em exposição na GALERIA SÍMBOLO, à Rua Miguel Bombarda, Nº451- 4050-378 - Porto. Uma das mais recentes exposições suas foi em Évora, como a seu tempo vi anunciada com destaque: "A Câmara Municipal de Évora inaugura hoje, dia 14 de Dezembro, sábado, pelas 16 horas, no Palácio de D. Manuel, uma exposição de pintura intitulada "Ao Encontro da Poesia", da autoria do artista plástico António Carmo.
A pintura de António Carmo é caracterizada por uma explosão de cores e por um estilo muito próprio, que o identificam facilmente como o autor das suas obras. Estas marcas fazem com que o seu trabalho possua uma linha artística que inatamente nos leva a fazer uma interligação mental entre todas as suas obras, como se de um grande mural se tratasse". Não sossega, este artista, com fazer e dar a conhecer a poesia em pintura.
Sou leigo na arte da paleta e pincel, bem como nos segredos do traço geométrico que os mestres imprimem nessa Arte, mas tenho muita admiração pelos artistas que nessa atividade consomem o seu talento e dedicação. Além de que como apreciador que sou, desta e doutras áreas do saber, procuro colher, na critica da especialidade, quem me dê sinais do que devo ler e ver. Foi o que, neste caso, aconteceu ao ver um cartaz com o nome do pintor António Carmo, figura de quem só posso falar da simpatia, fino trato e qualidades humanas que lhe reconheço; de sua nobre profissão só lendo ou escutando quem do ofício perceba.
Assim fiz agora. Fui-me ao que do artista diz a critica especializada e logo dei com esta interessante radiografia feita por Maria João Fernandes:
"O vitalismo e a intensidade lírica são talvez os aspectos que de imediato nos seduzem na pintura de António Carmo. Uma pintura solar de expressivos contrastes pontuados pela presença de cores primárias, os ritmos dançantes animados de audaciosas transparências e uma depuração geometrizante que se liga à voluptuosa encenação da cor desposando as formas generosas, rubencianas”. E conclui: “ A pintura de António Carmo desenha um limiar, oferece-nos o horizonte do possível. Horizonte de uma totalidade pressentida, ausente e presente, mágico encontro com a poesia”.
Desde 1968 que, António Carmo, vem apresentado os seus trabalhos individuais e colectivos nos mais diversos locais e galerias do país e estrangeiro; com quadros em permanência na Galeria Albert I em Bruxelas, muito premiado e com ilustrações em jornais e livros de vários autores portugueses. Os portistas e os nortenhos vão ter mais uma vez boa oportunidade de ver e apreciar o talento deste consagrado pintor plástico alfacinha que durante o mês de Março e Abril vai expor na Galeria Símbolo, na Rua Miguel Bombarda. A finalizar, e à volta do tema, recordo em louvor da arte, com Plabo Picasso: " A pintura nunca é poesia. É poesia que se escreve com versos de rima plástica".
Não tenho memória de alguma vez o ver ou falar com ele, mas do seu nome e actividade sacerdotal ouvi muitas e abonatórias referências. Motivo que influiu para que no dia do seu funeral lhe fosse prestar a minha homenagem, que como cristão se deve a todos, mas em especial aqueles que generosamente se dão ao seu semelhante por amor a Deus e ao próximo. Natural de São Mamede (Batalha), onde nasceu a 06/06/1938, o Padre Albino da Luz Carreira foi ordenado sacerdote a 15/08/1964 e nessa condição serviu a Igreja nas mais diversas funções como as de director espiritual do Seminário Menor de Leiria, director do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações, capelão da prisão-escola e da cadeia regional de Leiria, e de pároco que também foi da paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Minde.
O padre Albino faleceu no passado dia 31 de Dezembro, terça-feira, no hospital de Abrantes, onde se encontrava internado desde o dia de Natal. Era pároco de Minde, no concelho de Alcanena, diocese de Leiria-Fátima. O corpo esteve em câmara ardente, na igreja paroquial de Minde, até ao princípio da tarde de quarta-feira. A celebração das exéquias teve lugar no pavilhão Ana Sonça às 14h30. Após as cerimónias a que presidiu D. António Marto, e como concelebrantes o seu conterrâneo D. Virgílio, bispo de Coimbra, e o bispo emérito de Leiria/Fátima, D. Serafim Ferreira, além de muitos sacerdotes da sua diocese, o corpo seguiu, em cortejo fúnebre para o cemitério do Casal Vieira (São Mamede), onde ficou sepultado.
Em dia de muita chuva, isso não impediu que o grande pavilhão escolhido para os mindericos se despedirem do seu dilecto pároco, enchesse de paroquianos e amigos do saudoso e santo sacerdote que deixou rasto na sua passagem pela terra, como muito bem o reconheceu e realçou o bispo diocesano, D. António Marto. Ao Sr. Padre Abel, ao nosso condutor David e à agradável companhia da Mariazinha e da carnidense D. Conceição Torrada agradeço a oportunidade que me deram e que no regresso a Helena Afonso presenteou com um lanche muito bem "enfebrado" e adoçado, que o David regou....Uns vão e outros aguardam....
O Campo Pequeno é uma das artérias famosas da capital, com a parte central ocupada pela bonita praça de touros e o seu concorrido centro comercial. No Nº 50, 3ºEsq., dessa artéria, fica também situada a sede da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, a mais antiga associação regional portuguesa. Foi ali que no passado dia 29, pelas 18:h00, o Dr. Jorge Laje fez o lançamento de mais um valioso trabalho à volta do que foi um dos principais alimentos da nossa população rural e não só: a castanha.
MEMÓRIAS DA MARIA CASTANHA, uma obra que vem no seguimento de "CASTANEA, uma dádiva dos deuses", é mais um interessante titulo deste distinto estudioso mirandelense, nascido em Chelas, freguesia de Cabanelas, a 06/04/48. Obra prefaciada pelo consagrado escritor A.M.Pires Cabral, que a certa altura faz saber: “Estas Memórias são uma espécie de vade-mécum da relação do povo com a castanha. Ensinam muito; mas, mesmo quando não ensinam fazem recordar – e qualquer das coisas é bem-vinda. Por isso aconselho a sua leitura pousada, como se tratasse de um romance amável, feita naqueles momentos em que acorda dentro de nós o apelo da ruralidade, que só se sacia indo ás fontes”.
Apresentação do livro foi confiada ao Dr. Armando Palavras e o ao Dr. Virgílio Nogueiro, que da obra e do seu autor fizeram a justa exaltação, abordando temas relacionados e a-propósito. Os intervalos foram animados com música por Dalila Alvares que à flauta deliciou o auditório tocando Lisboa Antiga e Rosinha dos Limões. Muito aplaudida e apreciada
Recorde-se que este livro é um trabalho etnográfico único em 50 Municípios, das Ilhas, ao Algarve e até Montesinho, sobre a Castanha e o Castanheiro; obra que como me segredou o Dr. Armando Palavras, merecia as boas graças de qualquer das ditas grandes Editoras Nacionais. A interioridade também na divulgação cultural se faz notar. Mas, adiante. Em ambiente social muito agradável e com bastantes presenças, a cerimónia contou com figuras conhecidas e amigos pessoais de autor, como o consagrado pintor plástico António do Carmo, o Dr. Guilhermino Pires, o poeta Dr. José Rodrigues Dias, a mondinense Mgraça Matos, sempre disponível para divulgar os poetas e escritores transmontanos. E eu que se não fosse a generosidade de uma conterrânea, já nem livro conseguia apanhar. Bom sinal.
A jornada terminou com um animado magusto, magusto com castanha Côta de Vila Pouca de Aguiar e Jeropiga/Vinho da Adega Cooperativa de Valpaços. Também, esta, uma das melhores vias divulgadoras dos produtos e sabores da nossa região.
A visita aos cemitérios no Dia dos Fieis e Defuntos é uma tradição muito antiga, talvez anterior ao séc V quando a Igreja passou a dedicar um dia anual de oração pelos seus mortos. Mas só os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigaram os cristãos a dedicar um dia inteiro aos mortos. Mais tarde, já no séc. XIII, o dia de rezar pelos mortos passou a ser no dia 2 de Novembro, como até agora. A escolha deve-se ao facto de ser um dia depois da comemoração da Festa de Todos os Santos, onde se celebrava a morte de todos que faleceram em estado de graça e que por algum motivo não foram canonizados, os santos das nossas famílias que por certo todas os têm. Este dia, 1º de Novembro, foi dia santo de guarda até 2012, agora por decisão governamental deixou de o ser, mas nem por isso os cemitérios deixaram de ser alindados para no Dia de Finados receber a visita dos que ainda por cá andam e têm saudades dos que já partiram. Se pensaram contrariar o sentimento daqueles que respeitam os seus familiares e amigos falecidos, estão enganados, pois quanto a mim até o vão beneficiar, uma vez que esta demarcação entre o Dia de todos os Santos e o Dia de Finados põe à prova o verdadeiro sentimento e coerência dos fieis cristãos. O tempo dirá.
Nas nossas aldeias, praticamente nem se notou a supressão do feriado, e da tradicional visita aos cemitérios, muito menos. Ora no próprio dia, ora no domingo a seguir, já há muito tempo que isso acontece de acordo com a disponibilidade dos respectivos párocos, sempre muito apertada nestas ocasiões. Na Bajouca, cujo pároco tem duas freguesias, a visita há muito que se realiza no domingo a seguir, realizou-se hoje; e ontem, que calhou no dia próprio, fez a de Carnide.
Agora, com o Sr. Padre Melquiades como vigário-paroquial, o Sr. Padre Abel embora tenha a sua missão paroquial mais facilitada, não deixa de ter muito trabalho, pois são duas freguesias cuja população requer com frequência os serviços do pároco. Hoje a Missa dominical foi celebrada pelo Sr. Padre Melquiades, coadjuvado pelo Diácono João Paiva, os quais presidiram ao cortejo que no fim da Missa se organizou em visita ao cemitério local. Muita gente como é timbre dos bajouquenses em todos os actos nobres que decorrem na Bajouca. Terminada a visita fui tomar o cafezinho no Sousa e ali receber um convite para um passeio até Vermoil, onde esta manhã decorreu a 20ª Tripla Légua, organizada pelo Atlético Clube de Vermoil, com inicio às 09:30h.
Lá fui parar, e cerca das 12:00h estava no adro da igreja paroquial de NS da Conceição de Vermoil (Pombal) onde estava montada toda a orgânica de apoio ao desportivo evento. A corrida contou com um percurso de 15km. A partida foi dada em frente à igreja matriz, com uma volta à localidade, seguindo pela Chã, Venda Nova, Marco (Km 5), Valdeira, Roques, Pisão, Gáteos (Km 10), Quinta São Lourenço, Santo António, Penedos, Gafaria, Tiroeira e Vermoil, terminando em frente à igreja matriz, onde estava situada a meta. Em simultâneo realizou-se a caminhada de 5km, para todos os amadores do exercício
Frontaria da igreja paroquial de Vermoil
Meta na estrada junto ao adro. A prova era aberta a todos (maiores de 5 anos), dentro dos seguintes escalões: Benjamins, Infantis, Iniciados, Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos, de ambos os sexos. Para os diferentes escalões, houve percursos desde 500 metros até 15km.
Aqui um atleta do GAU ( Grupo Alegre e Unido da Bajouca) a ser repescado pelo Palinho
Aqui dois jovens concorrentes, já após concluída a sua prova, como se vê pelo saco de presença e participação
Três dos premiados, no pódio onde se vê também muitos troféus para distribuir.
Aqui os manos Larito e Virgílio Alberto que onde houver atletismo lá está a Bajouca representada. E eu como pendura, onde houver gente generosa como duas caras simpáticas aqui patentes, também não falho nestes eventos.
Eventos onde também o comercio funciona, como aqui se vê, e os clientes não faltaram. É preciso animação, e para isso, nada como as actividades desportivas que dão vida às terras do interior.
Não sei quem gere O Desviante, mas que tem por função desviar da verdade o sentimento das pessoas de fé não tenho duvidas, como constatei depois de por casualidade entrar no site. É bem certo: o ódio conduz à loucura, e a loucura a todos os disparates. Muito preocupado com o “secretismo” do Opus Dei – hoje já não pega, porque as portas estão abertas a todos que de boa fé desejem tirar dúvidas – o responsável pelo dito cujo inspirado nas “revelações” de certos desertores atira-se à Obra como cão danado, mas muito bem domesticado para o efeito.
Não sei quem paga a estes “intelectuais” para tão ascorosamente falar daquilo que só revela maldade humana e ódio às coisas transcendentes. São estes os “Judas” da nossa sociedade, os que por inveja se mostram críticos a todos aos gastos que não revertem para o seu alforge.
Deu-me para vir a terreiro porque como cristão tenho o dever de contestar a mentira e o oportunismo dos media que para captar leitores e satisfazer as suas leviandades ideológicas se não importam de atacar sem motivo a cultura e sensibilidades dos crentes. E não precisamos de perder tempo na procura de provas, elas estão patentes neste parágrafo: “Pela primeira vez no Brasil, dissidentes retiram o manto de silêncio que envolve a 'Obra de Deus' (em latim, Opus Dei) e dedicam-se hoje a exibi-la em praça pública - alguns deles com uma sanha digna daquelas ex-mulheres que, na recente crónica política do país, enlamearam a imagem de figurões da República. Nada podia ser pior para uma instituição que usa a discrição como estratégia. A vida íntima do Opus Dei está sendo devassada”. Mas quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão.
Que não entra na Obra quem por curiosidade queira, é verdade; que pedem oração e laboriosidade aos fieis da Prelatura, também; agora, flagelação, proibição de fumar, passear e ler, posso garantir que não. O Opus Dei é uma organização desorganizada. Cada membro é responsável pelos seus actos e obrigações; e como cristãos, quarentes com sua fé, procuram servir com alegria e simplicidade a Igreja, o Papa e as Almas. Não é este certamente o espírito por que se norteiam os que escrevem:“O Opus Dei nasceu e cresceu na obscura e longa noite do franquismo. Embora professando-se extremamente inovadora, vai contra a principal corrente moderna católica, por aplicar um número incontável de práticas inaceitáveis como: censura de livros, incentivo a seus membros para auto-flagelação, além de destinar às mulheres a santificação no trabalho doméstico!..”.– Pois eu digo: no Opus Dei, são às centenas as mulheres que trabalham como empregadas domesticas, enfermeiras, professoras, médicas, jornalistas e outras profissões nobres. Se fumam, não sei, mas que são laborosas e exemplares no seu comportamento civico, social e moral por certo que sim. E agora também pergunto: porque se não dá esta gente, ao trabalho de pedir informações a quem lhas saiba dar? Ou será que o seu objectivo é mesmo dizer mal do que raivosamente detestam. Mas vão mal, porque cada vez são mais os que procuram e entram nos “segredos” da Obra de Deus, graças aos que dizem mal dela!!!. Eu dou-me por feliz, pois também fui pescado por essa sedutora “isca”. O que é obra de Deus o diabo não a destrói.
Gosto muito de visitar o pequeno, mas muito acolhedor, templo de Nossa Senhora da Vitoria, onde de Segunda a sexta-feira, se celebra Missa às 11:30h e o Santíssimo fica exposto, para adoração, até cerca das 18:00h. Hoje, dia 1 de Outubro, entrei lá da parte de manhã e dei com o Santo da semana, Santa Teresinha do Menino Jesus, muito bem ornamentado, em trono improvisado, pois ontem, festejou-se o seu dia, 30 de Setembro. No altar-mor, o Santíssimo, exposto, é o Deus Vivo que a todos acolhe e atende.
Um bom lugar, da Baixa-Chiado, para visitar neste mês de Outubro ou Mês do Rosário, com acessos fáceis, neste caso mesmo à saída do Metro, na Rua da Vitória.
E porque se falou do Mês do Rosário e amanhã, 2 de Outubro, faz anos que São Josemaria Escrivá, por inspiração divina, fundou o Opus Dei, e para o qual, o Santo Rosário tanto interesse tinha que, o recomendou como norma aos seus filhos e filhas da Prelatura. E dessa antiga e piedosa devoção, aproveito para transcrever um curioso resumo histórico que dela fez João César das Neves:
O Papa João Paulo II decidiu celebrar as suas bodas de prata papais com uma oração: o Rosário da Virgem Maria. Dado que é apenas a quarta vez na História que a Igreja celebra os 25 anos de um pontificado – depois de S. Pedro, que foi Papa do ano 32 a 67; do beato Pio IX, Papa de 16 de Junho de 1846 a 7 de Fevereiro de 1878; e do seu sucessor Leão XIII, Papa de 20 de Fevereiro de1878 a 20 de Julho de 1903 –, esta decisão tem grande relevo histórico e profético
1. O Nascimento do Rosário
O Rosário é uma oração cuja origem se perde nos tempos. A tradição diz que foi revelado a S. Domingos de Gusmão (1170-1221), numa aparição de Nossa Senhora, quando ele se preparava para enfrentar a heresia albigense.
Parece não haver muitas dúvidas de que o Rosário nasceu para resolver um problema importante dos novos frades mendicantes. De facto, os franciscanos e dominicanos estavam a introduzir um novo tipo de ordem religiosa no século XII, em alternativa aos antigos monges, sobretudo Beneditinos e Agostinhos. Estes, nos seus mosteiros, rezavam todos os dias os 150 salmos do Saltério. Mas os mendicantes não o podiam fazer, não só por causa da sua pobreza e estilo de vida, mas também porque em grande parte eram analfabetos.
Assim nasceu, nos dominicanos, o Rosário, o “saltério de Nossa Senhora”, a “Bíblia dos pobres”, com 150 Ave-Marias. Um pouco mais tarde, em 1422, pelas mesmas razões, os franciscanos criaram a Coroa Seráfica, uma oração muito parecida, mas com estrutura ligeiramente diferente (tem sete mistérios, em honra das sete alegrias da Virgem, os mistérios Gozosos, trocando a Apresentação no Templo pela Adoração dos Magos e os dois últimos Gloriosos, acrescentando mais duas Ave-Marias em honra dos 72 anos da vida de Nossa Senhora na Terra).
Mas é preciso dizer que, nessa altura, não havia ainda a Ave-Maria. Já desde o século IV se usava a saudação do arcanjo S. Gabriel (Lc 1, 28) como forma de oração, mas só no século VII ela aparece na liturgia da festa da Anunciação como antífona do Ofertório. No século XII, precisamente com o Rosário, juntam-se as duas saudações a Maria, a de S. Gabriel e a de S. Isabel (Lc 1, 42), tornando-se uma forma habitual de rezar. Em 1262 o Papa Urbano IV (papa de 1261-1264) acrescenta-lhes a palavra “Jesus” no fim, criando assim a primeira parte da nossa Ave-Maria.
Só no século XV se acrescenta a segunda parte de súplica, tirada de uma antífona medieval. Esta fórmula, que é a actual, torna-se oficial com o Papa Pio V (1566-1572). Grande reformador no espírito do concílio de Trento (1545-1563), S. Pio V é o responsável pela publicação do Catecismo, Missal e Breviário Romanos surgidos do Concílio, que renovam toda a vida a Igreja. Foi precisamente no Breviário Romano, em 1568, que aparece pela primeira vez na oração oficial da Igreja a Ave-Maria.
2. A Batalha de Lepanto e a festa de Nossa Senhora do Rosário
O contributo de S. Pio V, um antigo dominicano, para a história do Rosário não se fica por aqui. O grande reformador criou também o último grande momento da antiga Cristandade, a unidade dos reinos cristãos à volta do Papa. Os turcos otomanos, depois do cerco e queda de Constantinopla em 1453, o fim oficial da Idade Média, e das conquistas de Suleiman, o Magnífico (1494-1566, sultão desde 1520), estavam às portas da Europa. Dividida nas terríveis guerras entre católicos e protestantes, a velha Europa não estava em condições de resistir. O perigo era enorme.
Além de apelar às nações católicas para defender a Cristandade, o Papa estabeleceu que o Santo
Rosário fosse rezado por todos os cristãos, pedindo a ajuda da Mãe de Deus, nessa hora decisiva. Como resposta, houve um intenso movimento de oração por toda a Europa. Finalmente, a 7 de Outubro de 1571a frota ocidental, comandada por D. João de Áustria (1545-1578), teve uma retumbante vitória na batalha naval de Lepanto, ao largo da Grécia. Conta-se que nesse mesmo dia, a meio de uma reunião com os cardeais, o Papa levantou-se, abriu a janela e disse “Interrompamos o nosso trabalho; a nossa grande tarefa neste momento é a de agradecer a Deus pela vitória que ele acabou de dar ao exército cristão”.
A ameaça fora vencida. Este foi o último grande feito da Cristandade. Mas o Papa sabia bem quem tinha ganho a batalha. Para louvar a Vitoriosa, ele instituiu a festa litúrgica de acção de graças a Nossa Senhora das Vitórias no primeiro domingo de Outubro. Hoje ainda se celebra essa festa, com o nome de Nossa Senhora do Rosário, no memorável dia de 7 de Outubro.
3. O rosário até João Paulo II
A partir de então, o Rosário aparece em múltiplos momentos da vida da Igreja. Já no fresco do Juízo Final, pintado por Miguel Ângelo (1475-1564) na Capela Sistina do Vaticano de1536 a1541, estão representadas duas almas a serem puxadas para o céu por um Terço. São as almas de um africano e de um asiático, mostrando a universalidade missionária da oração.
A 12 de Outubro de 1717, foi retirada do rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora com um Terço ao pescoço por três humildes pescadores, Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em Guaratinguetá, São Paulo. Essa estátua, de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi declarada em 1929 Rainha e Padroeira do Brasil.
A Imaculada Conceiçãorezou o Terço com Bernadette Soubirous (1844-1879) nas aparições de Lourdes em 1858.
O Papa Leão XIII, «Papa do Rosário» – como lhe chama o Papa João Paulo II na sua Carta Apostólica O Rosário da Virgem Maria (16-10-2002), n.º 8 – dedicou mais de 20 documentos só ao estudo desta oração, incluindo 11 encíclicas.
Também o Beato Bártolo Longo (1841-1926) é um os grandes divulgadores do Rosário, como o refere a Carta Apostólica do Papa João Paulo II (n.º 8, 15, 16, 36, 43). Antigo ateu, espírita e sacerdote satânico, depois da sua conversão viu na intercessão de Nossa Senhora a sua única hipótese de salvação. Sendo advogado, em 1872 deslocou-se à região de Pompeia por motivos profissionais e ficou chocado com a pobreza, ignorância, superstição e imoralidade dos habitantes dos pântanos. Entregou--se a eles para o resto da vida. Arranjou um quadro da Senhora do Rosário, que fez vários milagres, e criou em 1873 a festa anual do Rosário, com música, corridas, fogo-de-artifício. Construiu uma igreja para essa imagem, que se veio a tornar no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. Fundou uma congregação de freiras dominicanas para educar os órfãos da cidade, escreveu livros sobre o Rosário e divulgou a devoção dos «Quinze Sábados» de meditação dos mistérios.
Outro grande momento da divulgação do Terço é, sem dúvida, Fátima. «Rezar o Terço todos os dias» é a única coisa que a Senhora referiu em todas as suas seis aparições. A frase repete-se sucessivamente, quase como uma ladainha, manifestando bem a sua urgência e importância. Numa carta do Dr. Carlos de Azevedo Mendes – um dos primeiros documentos escritos sobre Fátima – afirma-se: «Como te disse, examinei ou antes interroguei os três [pastorinhos] em separado. Todos dizem o mesmo sem a mais pequena alteração. Na base principal de tudo o que me dizem, deduzi “que a Aparição quer que se espalhe a devoção do Terço”».
A história do Rosário não pode terminar sem referir um momento decisivo desta evolução. A escolha do Papa João Paulo II de celebrar as suas bodas de prata pontifícias com o Rosário, acrescentando-lhe os cinco Mistérios Luminosos, é um marco importante na devoção. Mas a ligação do Papa a esta oração não é de hoje, como ele mesmo diz na Carta Apostólica: «Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: “O Rosário é a minha oração predilecta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade” (Idem, n.º 2)».
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