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Sabores da nossa região

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 30.11.13

          O Campo Pequeno é uma das artérias famosas da capital, com a parte central ocupada pela bonita praça de touros e o seu concorrido centro comercial. No Nº 50, 3ºEsq., dessa artéria, fica também situada a sede da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, a mais antiga associação regional portuguesa. Foi ali que no passado dia 29, pelas 18:h00, o Dr. Jorge Laje fez o lançamento de mais um valioso trabalho à volta do que foi um dos principais alimentos da nossa população rural e não só: a castanha.

           MEMÓRIAS DA MARIA CASTANHA, uma obra que vem no seguimento de "CASTANEA, uma dádiva dos deuses", é mais um interessante titulo deste distinto estudioso mirandelense, nascido em Chelas, freguesia de Cabanelas, a 06/04/48. Obra prefaciada pelo consagrado escritor A.M.Pires Cabral, que a certa altura faz saber:  “Estas Memórias são uma espécie de vade-mécum da relação do povo com a castanha. Ensinam muito; mas, mesmo quando não ensinam fazem recordar – e qualquer das coisas é bem-vinda. Por isso aconselho a sua leitura pousada, como se tratasse de um romance amável, feita naqueles momentos em que acorda dentro de nós o apelo da ruralidade, que só se sacia indo ás fontes”.

           Apresentação do livro foi confiada ao Dr. Armando Palavras e o ao Dr. Virgílio Nogueiro, que da obra e do seu autor fizeram a justa exaltação, abordando temas relacionados e a-propósito. Os intervalos foram animados com  música por Dalila Alvares que à flauta deliciou o auditório tocando Lisboa Antiga e Rosinha dos Limões. Muito aplaudida e apreciada

          Recorde-se que este livro é um trabalho etnográfico único em 50 Municípios, das Ilhas, ao Algarve e até Montesinho, sobre a Castanha e o Castanheiro; obra que como me segredou o Dr. Armando Palavras, merecia as boas graças de qualquer das ditas grandes Editoras Nacionais. A interioridade também na divulgação cultural se faz notar. Mas, adiante. Em ambiente social muito agradável e com bastantes presenças, a cerimónia contou com figuras conhecidas e amigos pessoais de autor, como o consagrado pintor plástico António do Carmo, o Dr. Guilhermino Pires, o poeta Dr. José Rodrigues Dias, a mondinense Mgraça Matos, sempre disponível para divulgar os poetas e escritores transmontanos. E eu que se não fosse a generosidade de uma conterrânea, já nem livro conseguia apanhar. Bom sinal.

          A jornada terminou com um animado magusto, magusto com castanha Côta de Vila Pouca de Aguiar e Jeropiga/Vinho da Adega Cooperativa de Valpaços. Também, esta, uma das melhores vias divulgadoras dos produtos e sabores da nossa região.

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publicado às 23:32


Terras do interior

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 03.11.13

          A visita aos cemitérios no Dia dos Fieis e Defuntos é uma tradição muito antiga, talvez anterior ao séc V quando a Igreja passou a dedicar um dia anual de oração pelos seus mortos. Mas só os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigaram os cristãos a dedicar um dia inteiro aos mortos. Mais tarde, já no séc. XIII, o dia de rezar pelos mortos passou a ser no dia 2 de Novembro, como até agora. A escolha deve-se ao facto de ser um dia depois da comemoração da Festa de Todos os Santos, onde se celebrava a morte de todos que faleceram em estado de graça e que por algum motivo não foram canonizados, os santos das nossas famílias que por certo todas os têm. Este dia, 1º de Novembro, foi dia santo de guarda até 2012, agora por decisão governamental deixou de o ser, mas nem por isso os cemitérios deixaram de ser alindados para no Dia de Finados receber a  visita dos que ainda por cá andam e têm saudades dos que já partiram. Se pensaram contrariar o sentimento daqueles que respeitam os seus familiares e amigos falecidos, estão enganados, pois quanto a mim até o vão beneficiar, uma vez que esta demarcação entre o Dia de todos os Santos e o Dia de Finados põe à prova o verdadeiro sentimento e coerência dos fieis cristãos. O tempo dirá.

 

           Nas nossas aldeias, praticamente nem se notou a supressão do feriado, e da tradicional visita aos cemitérios, muito  menos. Ora no próprio dia, ora no domingo a seguir, já há muito tempo que isso acontece de acordo com a disponibilidade dos respectivos párocos, sempre muito apertada nestas ocasiões. Na Bajouca, cujo pároco tem duas freguesias, a visita há muito que se realiza no domingo a seguir, realizou-se hoje; e ontem, que calhou no dia próprio, fez a de Carnide.

           Agora, com o Sr. Padre Melquiades como vigário-paroquial, o Sr. Padre Abel embora tenha a sua missão paroquial mais facilitada, não deixa de ter  muito trabalho, pois são duas freguesias cuja população requer com frequência os serviços do pároco. Hoje a Missa dominical foi celebrada pelo Sr. Padre Melquiades, coadjuvado pelo Diácono João Paiva, os quais presidiram ao cortejo que no fim da Missa se organizou em visita ao cemitério local. Muita gente como é timbre dos bajouquenses em todos os actos nobres que decorrem na Bajouca. Terminada a visita fui tomar o cafezinho no Sousa e ali receber um convite para um passeio até Vermoil, onde esta manhã decorreu a 20ª Tripla Légua, organizada pelo Atlético Clube de Vermoil, com inicio às 09:30h.

          Lá fui parar, e cerca das 12:00h estava no adro da igreja paroquial de NS da Conceição de Vermoil (Pombal) onde estava montada toda a orgânica de apoio ao desportivo evento. A corrida contou com um percurso de 15km. A partida foi dada em frente à igreja matriz, com uma volta à localidade, seguindo pela Chã, Venda Nova, Marco (Km 5), Valdeira, Roques, Pisão, Gáteos (Km 10), Quinta São Lourenço, Santo António, Penedos, Gafaria, Tiroeira e Vermoil, terminando em frente à igreja matriz, onde estava situada a meta. Em simultâneo realizou-se a caminhada de 5km, para todos os amadores do exercício

 

          Frontaria da igreja paroquial de Vermoil

          Meta na estrada junto ao adro. A prova era aberta a todos (maiores de 5 anos), dentro dos seguintes escalões: Benjamins, Infantis, Iniciados, Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos, de ambos os sexos. Para os diferentes escalões, houve percursos desde 500 metros até 15km.

          Aqui um atleta do GAU ( Grupo Alegre e Unido da Bajouca) a ser repescado pelo Palinho

           Aqui dois jovens concorrentes, já após concluída a sua prova, como se vê pelo saco de presença e participação

          Três dos premiados, no pódio onde se vê também muitos troféus para distribuir.

 

          Aqui os manos  Larito e  Virgílio Alberto que onde houver atletismo lá está a Bajouca representada. E eu como pendura, onde houver gente generosa como duas caras simpáticas aqui patentes, também não falho nestes eventos.

 

          Eventos onde  também o comercio funciona, como aqui se vê, e os clientes não faltaram. É preciso animação, e para isso, nada como as actividades desportivas que dão vida às terras do interior.

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publicado às 22:45


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