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Recomendo a leitura

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 19.03.13

Agora que temos um Papa que parece conquistou a simpatia dos crentes e não crentes, oxalá os habituais "inquisidores" da comunicação social parem de fazer guerra cerrada à Igreja de Jesus Cristo, que constituída por homens não isentos de pecado é natural que ao longo da sua história alguns a tenham agredido e feito sangrar, mas até nos momentos menos felizes a Igreja se manteve fiel ao seu Fundador mediante a entrega e labor evangélico de muitos filhos seus que servindo-a, com amor, servem a Deus e ao Próximo, procurando a santidade.

Neste Ano da Fé que Bento XVI propôs aos fieis cristãos de todo o mundo levar a cabo, e que a meio do Ano deixou a cargo do seu sucessor, Francisco, fazer o balanço dos resultados que se esperam, é um dever de justiça saber ser reconhecido ao Papa, emérito, que por culpa de certa comunicação social, muito bem orquestrada, os verdadeiros fieis só após alguns meses do seu pontificado se deram conta que tinham sido ludibriados. Mas quem lança os boatos, sabe que alguma coisa fica...a calunia. Isto para dizer que peguei recentemente num livro de Zita Seabra intitulado Auto-de-Fé e cujo personagem é o Padre Portocarrero, que entrevistado dá a sua douta opinião à volta do que foram essas "cerimónias públicas de execução das sentenças do Tribunal do Santo Oficio". Sem fugir ao que merece reprovação o Padre Portocarrero recorda  que também hoje a Igreja "se senta no banco dos réus da nova inquisição: a opinião publica. O Papa, os bispos, os padres, os religiosos e os leigos são constantemente inquiridos sobre as razões da sua fé". Acrescentando no entanto "Talvez polémica nalgumas das suas afirmações, embora ortodoxa na sua essência, esta resposta pessoal não é contra nada, nem ninguém, porque, se enquanto cidadão e fiel cristão me cumpre a liberdade de expor a minha opinião, como padre não me compete julgar, nem condenar as pessoas, mas ser ministro da misericórdia de Deus para as absolver e, a todas, sem excepção, acolher, servir e amar".

De seu nome Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almeida, este padre nasceu na Holanda, 1958, sendo o primeiro de três gémeos e o quarto filho de pais portugueses. Licenciado em Direito pela Universidade de Madrid (Complutense), posteriormente doutorou-se em Filosofia na Universidade Pontifícia de Santa Cruz, em Roma. Ordenado sacerdote da Prelatura do Opus Dei, em 1986, tem trabalhado em diversas dioceses - Lisboa, Braga, Coimbra e Porto - onde tem residido, nomeadamente como capelão de residências universitárias e outras instituições educativas. Foi Juiz do Tribunal Eclesiástico de Braga, e vice-presidente da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF), cerimoniário da Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém e capelão da Ordem Soberana e Militar de Malta. Publicista e conferencista, com colaboração assídua na Voz da Verdade e no Publico.

Dele comenta Zita Seabra: " Não era desafio fácil propor a um padre fazer um livro tão improvável. No entanto, quando lhe fiz a proposta do livro aceitou, sem condições, nem limites. Aceitou, repito, sem qualquer recomendação, ou condição. (...) Respondeu, sem sair da ortodoxia da doutrina que prega e nunca cedeu a uma linha condutora, muito usual, de dizer não o que pensa, mas o que se considera que vai agradar a quem ouve e assim adaptar o discurso ao gosto de quem assiste". Um interessante trabalho da Alêtheia Editores que, em Dia de São José, escolhido pelo Papa Francisco I para sua entronização na cátedra de São Pedro, hoje de manhã ocorrida, no Vaticano, recomendo a leitura.     

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